terça-feira, 24 de julho de 2012

Opinião - Orgulho Asteca


Titulo: Orgulho Asteca - Volume 1 de 2
Autor: Gary Jennings

Titulo Original: Aztec
Ano de Publicação Original: 1980
Editora: Saída de Emergência
Ano: 2007
Tradutor: Carlos Romão
Páginas: 440

Sinopse: Era uma vez ... a mais poderosa e fascinante civilização ... Considerado pela crítica como um dos melhores romances históricos do século XX

 Este é considerado pela crítica mundial, como o melhor romance histórico sobre a desaparecida civilização Asteca e um dos melhores romances históricos do Séc.XX. Gary Jennings, mudou-se para o México e durante 12 anos investigou e viveu apenas para a sua criação: o Asteca, deixando-nos uma obra inesquecível. Gary era famoso por ser um dos escritores mais rigoros e com mais trabalho de pesquisa por trás dos seus romances.

Em 1530, depois de Hernán Cortés quase extinguir o povo Asteca, o Rei de Espanha, ordena ao bispo do México que lhe faculte informação acerca dos costumes do povo Asteca. O bispo, frei Juan de Zumárraga, decide redigir um documento, baseado no testemunho de um ancião. Um homem humilde e submisso que vai chocar a moralidade e os preconceitos do mundo civilizado. O seu nome é Mixtli - Nuvem Obscura. Mixtli, um dos mais robustos e memoráveis astecas, relata com detalhe toda uma vida: a sua infância, a mentalidade e os costumes do seu povo, o sexo e a religião, a sua formação e os seus amores, sempre tormentosos e trágicos. Esta é a sua empolgante e maravilhosa história, que representa o choque entre civilizações com formas inconciliáveis de ver o Mundo. A História de Mixtli é, em grande parte, a história do próprio povo Asteca: épica e de uma dignidade heróica. Este é o princípio e o fim de uma colossal civilização.  

Opinião: Comprei este livro já há algum tempo motivada pela curiosidade que sentia em saber mais sobre a cultura e o povo asteca.

Só agora lhe peguei mas ainda bem que o fiz porque não me desiludiu, muito pelo contrário, e penso que isso se deva em grande parte ao vasto conhecimento desta cultura desaparecida que o autor demonstra ter e se torna evidente ao longo desta excelente obra. Penso que o facto de o autor ter passado 12 anos da sua vida no México para o escrever é um factor de peso que em muito contribuiu para tornar esta obra muito interessante sob todos os aspectos.

Quanto ao livro em si, sendo um relato na primeira pessoa de Mixtli, o Nuvem Escura, um asteca ancião, da sua já longa vida cheia de peripécias, é também um relato da vida e costumes do seu povo com o intuito de informar, Dom Carlos, Rei de Espanha, sobre os mesmos.

Face a esta dualidade o livro tem um ritmo muito próprio, alternando descrições muitíssimo detalhadas dos hábitos e costumes dos astecas, que para alguns podem tornar-se enfadonhos mas para mim cumpriram e superaram o meu propósito inicial, com relatos muito vividos das aventuras de Mixtli, tão intensos ao ponto de quase sentirmos na pele as emoções das personagens.

Mixtli é um dos protagonistas mais empáticos e carismáticos que tenho lido. Conseguimos simpatizar com ele, entende-lo, ver os acontecimentos do seu ponto de vista, mesmo quando nos relata acontecimentos absolutamente inconcebíveis, violentos e atrozes aos nossos olhos de europeus do seculo XXI. Este não é como tal um livro muito aconselhável a leitores mais susceptíveis ou sensíveis, mas é sem dúvida muito aconselhável aos restantes apreciadores do romance histórico.

Gostei muito deste livro e parto de imediato para o 2º volume com grande entusiasmo e curiosidade de conhecer a outra metade da vida de Mixtli.



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